Vou começar a fingir que já não sinto a tua falta de novo. Porque entre mostrar a todos que não sou de ferro e iludir-me, ainda que por breves momentos, prefiro ter uma falsa felicidade. Destrói-me saber que sentes a minha falta e não fazes nada para alterar isso. Como se eu não fosse importante o suficiente para admitires que preferes estar comigo do que sozinho, com ela, ou com outra qualquer. Não era suposto que as coisas fossem assim. Que o teu orgulho alienado destronasse o amor. E eu? Por mais que tente ser orgulhosa, quando falamos de ti, sou uma página em branco. Sou algo que não existe.
Para meu próprio bem, devia recorrer à racionalidade e ao pragmatismo da coisa e aceitar que o teu coração não me pertence nem voltará a pertencer. E eu sei que há quem olhe para mim como se eu fosse louca. Como se a parte sã da minha alma se tivesse apartado. Talvez. Rodeio-me de preto, de fumo e do travo amargo dos cigarros que cravo à Gabriela. Ela, cuja existência eu abominava, acabou por se tornar num apoio estável e presente, quando tu deixaste de o ser. Quando foste e eu fiquei. Se voltares, eu não sei se ficarei. Só que eu sei que sim. Sei que rastejar não faz parte de quem era, mas faz parte de quem hoje sou.
9 comentários:
Revejo-me inteiramente neste texto. Está muito bonito e força*
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O que aconteceu, Andrii? :s
Não querida, não te preocupes.
O blog não aparece no fb, nem o facebook no blog :)
eu estou normal querida <3
é querida, mas podia estar muito melhor <3
uma longa história princesa ..
não sei fofinha <3
muito bom. para rastejar é precisa coragem, e isso poucos demonstram. beijoca
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